Hoje acordei
a pensar que a mulher emancipou-se para ser escrava.
É isso que sinto.
Escrava da culpa.
Culpa por não ter tempo suficiente para os filhos, por não os mimar o suficiente, por não estar para eles o suficiente, por não ir buscá-los suficientemente cedo à escola.
Culpa por ter que trabalhar e por trabalhar horas a mais.
Enfim, culpa.
(a este sentimento não deverá ser alheio o facto de ontem ter sido o último dia em que dei de mamar ao João)