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Blog da Pipoca Teresa e do Piglet João

O que aqui deixo são bocadinhos de nós. Momentos, sorrisos, lágrimas. A vida na sua essência. O que aqui deixo são bocadinhos de vocês. São momentos que quero escrever para não esquecer. O que aqui deixo, deixo para nos/vos tornar eternos.

Blog da Pipoca Teresa e do Piglet João

O que aqui deixo são bocadinhos de nós. Momentos, sorrisos, lágrimas. A vida na sua essência. O que aqui deixo são bocadinhos de vocês. São momentos que quero escrever para não esquecer. O que aqui deixo, deixo para nos/vos tornar eternos.

Conversas

pipocateresa, 30.10.12

- Mamã os peixes mordem?

- Os pequenos, aqueles que vês na praia não mordem. Mas sabes podem picar. Há um peixe que se chama peixe aranha e que se esconde por baixo da areia na beirinha da água e que pica. Já picou o papá!

- A sério? E o papá chourou?

- Não, o papá é forte não chorou. Sabes o papá é forte! Mas se fosse a mamã chorava!

- Ah eu também chorava e o mano também (silêncio). Mas sabes quando o mano crescer e tiver barba já não vai chorar por causa dessas coisas!!

:)

...

pipocateresa, 29.10.12

Na quarta foi dia de consulta dos manos no centro de saúde. Fomos buscar a Teresa à escolinha e seguimos para o Centro de Saúde. A Teresa estava super excitada com a consulta e já falava nisso há dias. Chegámos lá e fomos logo atendidos pelos enfermeiros. A consulta começou com a Pipoca porque o mano estava a dormir. Começou por se pesar (16,5 kilos) e por se medir (1,05 m). Deu um pulo valente na altura e saltou de percentil para o P75, no peso mantém-se no P50. Mediram-lhe também a tensão que foi coisinha para a deixar feliz da vida porque se sentiu super importante. :) A seguir foi o mano para a balança: 4.400. Numa semana aumentou 400g o nosso pequeno láparo. Durante o dia continua a mamar de 2 em 2 horas e à noite vai fazendo intervalos maiores. Portaram-se os dois lindamente no gabinete de enfermagem e lá seguimos para a médica.

Na médica começámos também pela Teresa. Depois de a observar e de conversar com ela achou-a ótima (eu também acho). A seguir o pequeno princípe deixou que o despissem e observassem sem uma reclamação. Foi um brilharete portanto destes meus filhotes para grande orgulho do papá e da mamã!!!

E estão os dois muito bem que é o mais importante!

As primeiras semanas com o João...

pipocateresa, 22.10.12

Nos primeiros dias e ainda na maternidade o João era um bebé muito chorão. As cólicas começaram logo na primeira noite. Para além disso, queria estar sempre a mamar e apenas quando subiu o leite ele acalmou. Logo na maternidade as enfermeiras disseram-me que o João seria um bebé que iria precisar de mamar muito. Quando não estava com cólicas, era um bebé tranquilo e muito fofinho. Nos primeiros dias em casa acalmou bastante (nós também começámos a dar o BIOGAIA o que provavelmente ajudou). Durante o dia era colocá-lo na espreguiçadeira e ele ficava satisfeito. Claro que também lhe dava colinho, mas a maior parte do tempo ele dormia satisfeito na espreguiçadeira. Depois as cólicas (bah odeio-as...) voltaram em força, passou a andar no cólo muito mais tempo, descobriu o que é bom, e agora não quer outra coisa. ;)

 

É um bebé que gosta muito do contacto, de cólo, de mimos. À noite adormece encostado a mim sem precisar de ser embalado. Tem dormido na nossa cama (...........) porque neste momento é o que resulta melhor e nos permite ter noites mais tranquilas. ADORA música!! Mas não uma música qualquer... As músicas que mais gosta são as que eu ouvia no final da gravidez: o Zorro e o Flagrante do António Zambujo, a Pelo que há em mim e Sorte Grande. Ponho estas músicas a tocar no iphone e é vê-lo a adormecer na espreguiçadeira. Depois também adora dançar ao som destas músicas.

 

As noites são geralmente tranquilas. Acorda para mamar e volta a adormecer. Esta noite fez uma maratona e dormiu das 11 às 5 da manhã!! Nada mau!! Até agora houve apenas uma noite em que tive que me levantar para o acalmar e embalar.

 

Tem crescido relativamente bem, mas menos do que a Teresa aumentava. Anda nos valores mínimos. Contudo, esta semana parece-me que deu um "pulo" pelo que talvez na quarta, na consulta do mês, tenhamos boas notícias. Não fosse as cólicas que atacam quando está a mamar e mamava bastante bem, visto que é um bebé tranquilo a mamar (tão tranquilo que de deixa dormir...). À noite faz intervalos entre 3 e 4 horas e durante o dia entre 2 e 3 horas. Durante o dia não dorme muito. Vai dormitando, fazendo sonos de 30 minutos/1 hora, com intervalos acordado mais ou menos da mesma duração. Tem dias em que é colocá-lo na espreguiçadeira e está satisfeito e outros em que tem chorado bastante (felizmente os primeiros têm sido mais frequentes).

 

Não consigo perceber com quem é parecido. Parece ter os olhos verdes como a mana (uns sortudos!!), tem a cabeça mais pequena, é mais magro mas muito mais comprido. 

 

E assim está o meu menino com 4 semanas...

E a Teresa...

pipocateresa, 17.10.12

:) A minha pequena princesa vive sentimentos ambivalentes desde o nascimento do mano.

Se por um lado o acha fofinho, quer dar miminhos e beijinhos e tratar dele.

Por outro sente que o tempo para ela é agora muito menos e que as atenções são repartidas (e de forma desigual porque ele requer nesta fase muita atenção da minha parte).

 

Foi vê-lo logo no dia em que nasceu. Quando entrou no quarto estava eu a dar de mamar e ela ficou surpreendida a olhar para mim e para o mano. Abracei-a ao mesmo tempo que dava de mamar e assim ficámos um bom tempo. Sempre que o foi visitar senti-a alterada. Nada que se notasse muito, seria preciso conhecê-la bem para perceber. Estava feliz mas com muitos sentimentos para gerir. Nos primeiros dias em casa, e hoje mantém-se, está sempre pronta para ajudar no que for preciso (buscar fraldas, deitá-las no lixo, trazer o creme, etc.). Canta músicas para o mano e embala-o na espreguiçadeira. Mas depois tem saídas em que se vê nitidamente que está com ciúmes, o que é perfeitamente normal, claro. Por exemplo, no outro dia estava eu a embalá-lo com a música "O Manel tinha uma bola". Ela veio logo ter comigo disparada a dizer para eu não cantar essa música que era só nossa... 

 

Apesar de tudo nos últimos dias já a sinto mais tranquila. Sinto que encontrou o lugar dela e situou também o mano no dele. Ainda hoje disse que adorava da mesma forma o mano, a mamã e o papá. :)

Sobre os dias na maternidade...

pipocateresa, 12.10.12

O João nasceu no domingo e tive alta na quarta. Tal como quando nasceu a Teresa, os dias na maternidade passaram-se relativamente bem. Desta vez, um pouco menos bem porque tinha a minha princesa maior em casa e isso deixa-nos sempre divididas. A equipa de enfermagem é espetacular. O enfermeiro que me fez o parto, Enf. José Portugal, foi 5 estrelas. Não sei o nome das enfermeiras que estiveram de serviço nos quartos, exceto da Enf. Conceição que é um espetáculo e que me levou uma fatia de bolo caseiro no dia em que nasceu o João, mas todas quase sem exceção foram excelentes. A minha colega de quarto também era muito porreirinha. 

 

O que correu menos bem foi mesmo o sono. Praticamente não dormi nas 3 noites em que lá estive. Na primeira foi o bebé do lado que chorou, na segunda foi o João e na terceira... Pois na terceira tivemos um João a fazer fototerapia... Ela estava com alguns sinais de icterícia e para que não tivessemos que ficar mais um dia, a médica decidiu fazer a fototerapia apesar dos indícios não serem muito elevados. Eu quando vi entrar a incubadora arrependi-me logo de ter antecipado a sessão (se tivesse esperado pelo dia seguinte talvez nem tivesse sido necessário). Quando me disseram que ele tinha que ficar na incubadora das 8 da noite às 11 da manhã, só com a fralda e com uns óculos nos olhos, foi o colapso... com as hormonas aos pulos comecei logo a chorar e para meu azar a enfermeira que estava de serviço nesse dia foi sem dúvida a mais parva de todas as que conheci... Mas as coisas até nem correram mal poque ele a meio da noite começou a gostar do conforto da incubadora (era quentinha). No início da noite é que estava muito impertinente e com pouca vontade de ir lá para dentro. Tive que chamar uma enfermeira muito aborrecida por estar a ser incomodada 2 ou 3 vezes... 

 

Para lhe dar de mamar tinha de o tirar e como nessa noite esteve sempre com fome acabou por ficar mais tempo fora da incubadora do que dentro. Mas correu tudo bem e de manhã tiraram-lhe sangue e verificaram que estava tudo normal (nunca tinha passado pela experiência de ver tirar sangue a um recém-nascido... mas até nem correu mal).

 

Em brve post sobre a reação da Teresa à chegada do mano.

 

O dia J de João

pipocateresa, 02.10.12

De sábado para domingo dormi pouco. Estava ansiosa. Antes das 7 já andava em pé a despachar-me. Saímos antes das 9. Eu fiquei logo na maternidade e o papá foi levar uma Teresa muito ansiosa e precupada ("mamã se precisares de mim liga à tia C. que eu venho logo") a casa da tia C.. Havia apenas uma mamã na sala de espera o que me deixou tranquila porque ainda está fresca a memória do dia em que a Teresa nasceu em que não havia salas de parto disponíveis. Entrei para a enfermagem e depois fui fazer o CTG. Tudo tranquilo. Fui ter com a médica e ela lá me observou: tudo igual 3 para 4 dedos de dilatação, colo apagado, etc. Lá me disse que me ia dar entrada para a sala de partos apesar de não estar em trabalho de parto efetivo, e que podia demorar. 

 

O H. chegou com as malas e eu lá subi de elevador para a sala de partos. Começaram a preparar-me e, entretanto, o enfermeiro chama a anestesista para colocar o cateter. Ela chega e começa logo a reclamar porque quando me pergunta se tinha dores eu respondo que não, e ela então resmunga com o enfermeiro porque só a devia chamar quando estivesse com dores. Depois lá pôs o cateter, sempre parva e até me doeu um bocado, e disse que só daria a epidural quando eu tivesse dores. Ficou, então, combinado que assim que as dores tivessem a um nível que eu considerasse elevado para a chamar.

 

Entretanto, com a ocitocina as contrações intensificaram e ficaram mais curtas, mas sem dor. E assim estive das 10 e tal até às 3 e tal: deitada na maca, com contrações, mas a dilatação progredia muito lentamente. Eram aí 3 e meia quando entra uma enfermeira que me diz "eu vou dar aqui uma ajudinha para ver se isto avança". E assim foi feito o primeiro e único toque: descolou-me as membranas e rebentou o saco das águas. Estava antes do toque com 6 dedos de dilatação. Quando ela saiu do pé de mim eram 15.45 e disse "vamos lá ver se o João nos vai deixar lanchar". E deixou. Assim que ela me fez o toque tive uma contração de subir pelas paredes mas a enfermeira disse "aguarde pelas próximas porque esta pode estar a doer-lhe muito porque eu estive lá a mexer". Assim fiz. Cada vez piores e tive nisto aí 10 minutos. Pedi ao H. para chamar a anestesista que demorou 10 minutos a chegar. Chegou começou a preparar a epidural e eu já contorcida em cima da maca disse que tinha mesmo que fazer força. O enfermeiro que, entretanto mudou devido ao turno, observou-me e disse que estava a dilatação completa. Nisto diz para eu tentar aguentar a ver se a epidural fazia algum efeito. Impossível. Eram 16.11 quando nasceu o João, depois de 5 puxões (contados pelo H.) e a chorar a plenos pulmões. Eu quando o ouvi senti uma descarga emocional e chorei, chorei, chorei. Colocaram-no logo em cima do meu peito e assim esteve enquanto estiveram a dar os pontos (que foram daqueles que são absorvidos pelo organismo). Índice de apegar: 9 / 10 / 10. Começou imediatamente a mamar e assim esteve 1.30.

 

Foi um parto completamente diferente do parto da Teresa. O da Teresa, apesar de estar sob o efeito da epidural, foi mais difícil e a recuperação muito mais dolorosa. Desta vez, tive plena consciência que, tal como sempre achei, sem a epidural (ela fez efeito depois) estamos muito mais presentes no parto, a força que fazemos é muito superior, sem comparação possível, porque a dor que sentimos no momento do nascimento é tão insuportável que a força que fazemos transcede-nos. Este foi sem dúvida o parto que desejei.

 

E agora a minha coisa linda com 1 dia de vida...