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O que aqui deixo são bocadinhos de nós. Momentos, sorrisos, lágrimas. A vida na sua essência. O que aqui deixo são bocadinhos de vocês. São momentos que quero escrever para não esquecer. O que aqui deixo, deixo para nos/vos tornar eternos.
O que aqui deixo são bocadinhos de nós. Momentos, sorrisos, lágrimas. A vida na sua essência. O que aqui deixo são bocadinhos de vocês. São momentos que quero escrever para não esquecer. O que aqui deixo, deixo para nos/vos tornar eternos.
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É esta a visão que tenho aqui do computador. Sentada no sofá, música a embalar no iphone e um João zen. O João ADORA música. Está mal disposto, música com ele... está bem disposto, música com ele... está aborrecido, música com ele... está feliz, música com ele... acordou, música com ele... está com sono, música com ele... E não, não estou a exagerar. Música, música, música. É claro que eu tenho a "culpa" porque sou eu que lhe dou música, mas a forma como ele reage é impressionante. A irmã já sabe: se o ouve a rabujar, a primeira coisa que faz é começar a cantar, e ele? Cala-se. E já tem as suas preferências. Ainda não lhe consegui cantar uma música do Luís Represas, lol, é verdade, começa a ouvir e resmunga logo. Mas se for Sérgio Godinho, Jorge Palma ou Rui Veloso, sim, gosta e conhece várias. A "bombar" no iphone gosta do Bublé, do António Zambujo, da Carminho. Claro que também gosta de músicas infantis e delira com o "Baile de Verão", esse grande hit nacional, que dá no final do Preço Certo, mesmo antes do jornal da noite, momento em que estamos a jantar, enquanto ele fica sentado na cadeira (não muito sossegado, verdade seja dita, que resmunga por atenção o tempo quase todo).
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Quando estava grávida na Teresa, a minha médica de família, que seguiu a minha gravidez, perguntou-me se estava a pensar amamentar. Na altura fiquei surpreendida. Oi? Mas posso pensar não amamentar? Tinha ideia de que todas as pessoas amamentavam, ponto. Se não conseguiam por algum motivo (haveria sempre um motivo) então aí recorreriam a outras alternativas. Depois fui-me apercebendo que não é bem assim, que amamentar, embora seja o mais natural, não é tão fácil e simples, e que existem vários motivos que podem levar as pessoas a não querer amamentar (sobre os quais não me irei debruçar).
Foi cheia de motivação e determinação que iniciei a amamentação da Teresa. No início houve algumas dificuldades, como uma alergia terrível que fiz não sei ao quê e que me encheu o peito de um borbulhas vermelhas (milhares!), como o hábito dela de mamar deitada e que me obrigava a dar de mamar sempre em casa, como as cólicas que a faziam desistir de mamar várias vezes. A verdade é que as dificuldades foram sendo ultrapassadas e a amamentação da Teresa foi uma boa experiência. Comecei a trabalhar e estava decidida a complementar a papa e, mais tarde, a sopa apenas com LM. Contudo, fiquei bastante doente, foi necessário tomar medicação e o leite não resistiu a duas semanas a usar apenas a bomba. Para além disso, a verdade é que amamentar em exclusivo uma criança que não aceitava biberon (com leite materno) e trabalhar a 1 hora de distância de casa (num sítio sem condições para tirar leite) tornou aquelas semanas em que já estava a trabalhar um stress. Assim, aos 6 meses a Teresa começou a beber LA.
Já com a experiência da amamentação da Teresa, comecei a dar de mamar ao João com a ideia de "uma mamada depois da outra". Ou seja, quero amamentar sim, mas tranquilamente, sem ansiedades. Comecei logo por tirar 5 meses de licença em vez dos 4 que tirei na Teresa, para que, se tudo corresse bem, ele pudesse mamar até aos 5 meses sem necessidade de introduzir o biberon. As primeiras semanas foram... agitadas. Fiz novamente uma alergia mas desta vez por todo o corpo (mau!), ele estava sempre a largar a mama (também com as cólicas) e foi necessário usar bicos de silicone, depois durante uma semana inteira não aumentou de peso... Mas com o lema "vamos andando de mamada em mamada", as pequenas dificuldades foram sendo ultrapassadas e o tempo foi passando. Quando a amamentação está estabelecida, geralmente após o primeiro mês, amamentar é como navegar em águas calmas. E é o que tem sido. Uma experiência doce e tranquila. Mesmo doce e tranquila. Natural, fácil e simples. Afinal como é esperado que seja.
Nos dois primeiros meses, mamava de hora a hora, de hora e meia em hora e meia, de duas em duas horas, ou seja, basicamente quando queria. A partir daí começou a fazer intervalos maiores, mas acontece várias vezes querer mamar uma hora antes da hora "esperada" e eu dou-lhe claro. Sem stress.
Tínhamos decidido que quando começasse a trabalhar ele passaria apenas a tomar LA. Mas tem corrido tudo tão bem que vamos tentar manter a amamentação e esperar que o desmame se faça naturalmente. Na semana anterior a começar a trabalhar (na semana do Carnaval...) vamos introduzir um biberon diário de LA. A ideia depois é manter os dois e vamos vendo.
Da minha experiência, para que a amamentação resulte é ter paciência e calma, muita calma, no primeiro mês. A partir daí é, como disse, navegar em águas calmas.
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