Nós e a música
Sempre gostei de música. De vários tipos, cantores, épocas. Sobretudo música "positiva", música que transmite bons feelings, que nos faz ter vontade de ir para a rua dançar, de curtir uma tarde ao sol. Tenho músicas, várias, que me fazem lembrar épocas, pessoas, momentos, experiências. O H. é igual, mas muito mais culto em termos musicais do que eu. Pouco percebo de correntes e influências, gosto e ponto.
A Teresa herdou o gene, mas na passagem de pais para filha, o gene ganhou um novo fulgor. Pois que a cachopa passa o dia a abanar-se. Quando houve música, toda ela se mexe, mas de tal forma que até chega a cair. Cada animal tem uma música associada, cada acontecimento tem um som. Por exemplo, se estamos a ver um livro de animais, e eu digo "aqui temos um crocodilo", aquele rabito arrebita e toca a abanar-se como quem diz "canta", e eu lá começo "o crocodilo danilo, vivia no rio Nilo", se for o sapo, tem que ser "sapo, sapo, sapo à beira do rio...". O hipopótamo, por exemplo, tem duas músicas associadas e ela quer ouvir as duas (e ai de mim se não percebo que já é hora de mudar para a segunda múdica) e que são a Popota e a música do hipopótamo bebé. "Quando lhe digo "vamos lavar os dentes", toda ela se abanica a pedir "um copo com água, uma escova e pasta...". E até à noite, não lhe posso dizer boa noite sem cantar "está na hora da caminha, vamos lá dormir....".
E a única coisa triste desta vida é mesmo o sol tardar a aparecer. É que até não era mau que fosse segunda-feira (ou pelo menos tão mau) se houvesse sol, se pudesse acalentar o desejo de um passeio ao final do dia...........